Como se locomover em Londres – Um guia prático e completo para tirar de letra

Londres está entre os destinos mais visitados do mundo e talvez seja a cidade que mais “conhecemos” antes mesmo de viajar. Quando começamos a planejar um roteiro de viagem pela cidade e descobrimos a quantidade de passeios e atrações que existem para fazer, a primeira coisa que vem a nossa cabeça é: como programar esses deslocamentos, como se locomover em Londres? Afinal, Londres é uma cidade grande e com uma enorme oferta de opções de meios de transporte – uma das maiores redes de transporte urbano do mundo.

Graças a esse guia prático e super completo, você vai encontrar quais são os principais meios de transporte na cidade, como eles funcionam e muitas dicas para economizar.

Reunimos tudo que você precisa saber sobre o assunto em tópicos:

  • Como se Locomover em Londres
    • Táxi ou Uber
    • A Pé ou de Bike
    • Transporte Público
  • Principais Meios de Transporte Público
    • Ônibus
    • Metrô
    • Barco
    • Outros Meios
  • Como Utilizar o Transporte Público
    • Entenda as Zonas Tarifátias
    • Tipos de Bilhetes e Valores das Tarifas
      • Passagem avulsa
      • Oyster Card
      • Travelcard
      • Contactless
      • Visitor Oyster Card
  • Como Economizar com o Transporte Público em Londres

Como se locomover em Londres

/// TÁXI OU UBER

Não é nenhuma surpresa: Londres é uma das cidades mais caras do mundo para se andar de táxi (black cabs) ou mesmo de Uber, que diferente do Brasil, não possui tarifas assim tão acessíveis. Como se isso não bastasse, tem ainda o alto valor da libra esterlina em relação ao real, que faz com que qualquer pequena corrida fique ainda mais cara para nós Brasileiros.

Dirigir em Londres também não é vantajoso porque, além da dificuldade de andar na mão contrária (já que os carros trafegam em mão inglesa) e do trânsito caótico do centro nos horários de maior movimento, há também muitas regras que limitam os espaços para trafegar e estacionar. E nem precisamos comentar sobre os altos valores dos estacionamentos.

Black Cabs em Londres  - Os táxis de Londres
Black Cabs em Londres

Com uma rede de transporte público tão completa e bem estruturada, chega a ser um desperdício de dinheiro pensar em andar de táxi, mas não podemos negar que muitas vezes simplesmente chamá-los é a solução mais conveniente, mesmo não sendo a opção mais econômica.

Para ter uma noção de preços das corridas de táxi, o site do Transport for London exibe algumas estimativas.

Se precisar chamar um táxi, use apps como Gett ou Free Now, ou se preferir, pegue ele na rua, levantando a mão como fazemos no brasil. Quando a luz da palavra táxi estiver iluminada, indica que o carro está disponível. Antes de entrar, pergunte ao motorista pela janela, se ele pode te levar ao endereço desejado.

Ao contrário do Brasil, não viaja passageiro ao lado do motorista, sendo a entrada apenas pela porta traseira. Os carros têm bancos de frente e de costas (para até 5 pessoas), e entre os bancos dianteiros e traseiros existe uma divisão que separa o motorista do passageiro.

Em Londres há dois tipos de táxis: os black cabs (os tradicionais) e os minicabs (motoristas privados que são autorizados a transportar passageiros). A principal diferença entre eles é que os minicabs só podem ser reservados com antecedência e pelo telefone (você não pode pegá-los na rua ou no ponto). Também não existe taxímetro e o valor da corrida precisa ser negociado antecipadamente.

/// A PÉ OU DE BIKE

Em Londres, você pode fazer muitos dos seus trajetos a pé ou de bike, basta um pouquinho de disposição e um roteiro organizado por regiões. A cidade é relativamente tranquila para caminhar, com muitas áreas verdes e planas e com infraestrutura adequada para os pedestres. As calçadas, agora reformadas, estão mais largas e acessíveis à cadeirantes e idosos, permitindo uma maior circulação.  

Caminhar ou pedalar também é uma excelente forma de se exercitar e de encontrar aqueles “cantinhos” que só os moradores conhecem. Mas vale lembrar que, além de um clima frio, Londres é também uma cidade grande, então, em algum momento, você precisará recorrer ao transporte público.

St. James’s Park em Londres
St. James’s Park – Londres

Uma opção divertida e econômica para quem não tem tanta disposição para uma longa caminhada é alugar uma bike e pedalar pela cidade. Londres tem investido bastante na integração das ciclovias de todos os municípios e no aumento da segurança das rotas de bike que dividem lugar com os carros nas ruas.

Você pode contratar alguma das diversas empresas que realizam o aluguel por dia, ou alugar uma bike pública do Santander, ideal para pequenos deslocamentos. Elas são apelidadas carinhosamente de “Boris Bikes” e estão espalhadas por toda a cidade.

Para alugar sua bike, use o app Santander Cycle (muito mais prático) ou vá diretamente em qualquer terminal, com um cartão de crédito internacional válido. Basta tocar na tela, clicar em “Hire a cycle” e aceitar todos os termos e condições. 

Ao final do cadastramento será cobrada uma taxa simbólica de £2, por um período de 24 horas, como uma espécie de licença de utilização (mas isso não quer dizer que você possa ficar com a bike por todo esse tempo).

Os primeiros 30 minutos do aluguel são grátis e após esse tempo, será cobrado um valor adicional: £2 por cada 30 minutos, até o valor máximo de £50. Porém, se você devolver a bike dentro do tempo limite, e alugar uma nova, não tem que pagar nada mais por isso. Atenção: caso a bike não seja devolvida no prazo máximo de 24 horas (contratados), será cobrada uma multa no valor de £300.

Não deixe de incluir em seu roteiro ao menos uma tarde para passear de bike por Londres.

/// TRANSPORTE PÚBLICO

Uma das melhores maneiras de conhecer e circular em uma das principais capitais do mundo é sem dúvidas utilizar o sistema público de transporte.

Londres conta com um dos melhores e mais eficientes sistemas de transporte público do mundo. Administrado pela Transport for London – TfL, inclui, além do metrô (chamado de tube ou underground), os famosos ônibus vermelhos (buses), o London Overground, National Rail Trains, DRL, TfL Rail, Trams, alguns barcos e até um teleférico que cruza o rio Tâmisa em Greenwich (o Emirates Cable Car).

Como tudo está integrado, é possível e fácil, encontrar um meio de transporte para chegar a qualquer lugar da cidade. Para isso, é importante que você conheça todas as alternativas possíveis antes de viajar, seja para se locomover com facilidade ou até mesmo para evitar gastos desnecessários.

O sistema é bem intuitivo (pelo menos foi o que achamos). Todos os caminhos, linhas, direções e conexões estão sempre bem representados em placas, mapas, avisos sonoros e letreiros eletrônicos. Ao chegar na cidade, desde que você tenha pesquisado sobre ele e entenda a sua dinâmica, é possível se deslocar com tranquilidade.

Estação de Metrô em Londres

Indicamos você, a usar aplicativos como o Google Maps ou CityMapper para auxiliar na chegada ao seu destino. O aplicativo te diz exatamente qual transporte pegar, qual estação subir e descer e até quanto tempo caminhar. 

Principais meios de transporte público

/// ÔNIBUS

Os famosos ônibus vermelhos (London buses), assim como o metrô, são os dois grandes aliados na hora de se locomover em Londres, já que conectam todos os pontos da cidade. Mas para trechos curtos, os ônibus acabam sendo uma alternativa interessante, pois proporcionam uma linda vista da cidade sem precisar pagar pelo hop-on hop-off, com o bônus da paisagem ser mais barata do que a do metrô, e sem limite às zonas de transporte (explicarei sobre elas mais abaixo).

Andar de ônibus em Londres vale como passeio e posso até dizer que é quase uma atração turística. Muitos possuem dois andares (double-decker buses), e no segundo andar é possível ter uma vista panorâmica da cidade. Além disso, quando a maior partes dos metrôs fecham, a saída é utilizar os ônibus noturnos, identificados pela letra N. O ponto negativo, em contrapartida, fica por conta dos grandes engarrafamentos na cidade.

Double-decker buse/ ônibus de dois andares em Londres
Double-decker buse/ ônibus de dois andares em Londres

Para ter uma ideia geral dos ônibus que cruzam o centro da cidade, a Transport for London tem um mapa bem bacana (veja aqui) mostrando as rotas que passam pelos principais pontos turísticos.

Cada ponto de ônibus em Londres possui um nome, relacionado ao local onde ele está, e uma letra (às vezes 2 letras), correspondente à sua direção. Dependendo se você que ir ou voltar, os pontos serão em locais diferentes, ou seja, haverão 2 placas com o mesmo número da linha, mas cada uma correspondendo a uma direção diferente (ida ou volta). O que vai diferenciar um do outro é a letra que está na placa vermelha redonda, geralmente no alto do poste.

Ponto de ônibus em Londres
Ponto de ônibus em Londres

Ao chegar no ponto do ônibus, a primeira coisa que você precisará fazer é olhar a placa que está nele, para avaliar o símbolo do transporte (o círculo cortado ao meio). Se o sinal na placa contiver um círculo vermelho em um fundo branco, com o dizer “bus stop” abaixo, o ônibus vai parar sempre que houver gente esperando na parada, exceto quando ele estiver lotado. Se o sinal na placa for um círculo branco em um fundo vermelho, com a frase “request stop, você terá de sinalizar com a mão para que o ônibus pare. Na dúvida, faça sinal para ele parar.

A entrada se dá pela frente, perto do motorista. Já a saída é pelo meio do ônibus. Alguns veículos também possuem uma porta na traseira, que serve tanto de entrada como saída. Quando o ponto que você for saltar for anunciado no auto-falante (ou aparecer no painel eletrônico), aperte o botão vermelho para solicitar a parada. Ah! E diferentemente do que acontece no metrô, não é necessário passar o cartão da passagem novamente na saída. As passagens não podem ser pagas com dinheiro.

/// METRÔ

A forma mais rápida e mais usada pelos turistas para se deslocar pelo centro de Londres é o metrô. O Underground ou Tube, como é conhecido é o mais antigo do mundo e ao todo, são 408 km de extensão e 270 estações, que fazem dele uma das mais longas também. Com sua pontualidade britânica, é um transporte rápido e fácil de usar, que facilita muito a vida de quem está planejando uma viagem para Londres.

Mas por outro lado, viajar apenas pelo subterrâneo de Londres nos impede de uma das coisas mais interessantes de se utilizar o ônibus de lá, que é poder ter a vista das belas ruas da cidade.

As linhas do metrô são representadas por cores e são 11 linhas no total:

  • Bakerloo (Marrom)
  • Central (Vermelha)
  • Circle (Amarela)
  • District (Verde)
  • Hammersmith & City (Rosa)
  • Jubilee (Cinza)
  • Metropolitan (Magenta)
  • Northern (Preta)
  • Piccadilly (Azul Escura)
  • Victoria (Azul Clara)
  • Waterloo & City (Turquesa)
Mapa Tube – Para ampliar, clique aqui
Linhas Night Tube

Uma particularidade das linhas em Londres é que muitas delas se bifurcam. É possível que uma plataforma seja usada por mais de uma linha, sobretudo na área central da cidade. Preste atenção nos painéis eletrônicos da plataforma para saber se o trem que se aproxima é o que passa pela estação que você precisa. Se você não vê o seu destino na lista, provavelmente está esperando o metrô no sentido errado. O sentido da linha é indicado nos cartazes por eastbound (para leste), westbound (para oeste), northbound (para o norte) ou southbound (para o sul).

Cada linha tem um horário de funcionamento diferente. Algumas começam a funcionar por volta de 4h40, outras a partir de 5h30. O horário de fechamento em sua maioria é até meia noite (horário de partida dos trens), mas aos finais de semana, as algumas linhas do metrô funcionam 24 horas.

Ter um mapa do metrô de Londres (em mãos ou por meio de aplicativos como Tube Map – London Underground) é importantíssimo para que você entenda o sistema e, claro, chegue ao destino pretendido.

Símbolo do metrô em Londres
Símbolo do metrô em Londres

/// BARCO

O transporte de Londres também está sobre as águas. Os barcos da Thames Clippers são chamados de river buses e viajam em zig-zag entre as duas margens do rio Tâmisa. Além da beleza do trajeto, a rota fluvial oferece mais praticidade e agilidade para chegar a diversos destinos, como por exemplo, Greenwich. 

A empresa apresenta duas opções de passeio: um single ticket de um píer para o outro (chamado river bus) ou um passe para um dia inteiro de passeio – estilo hop-on, hop-off (chamado river roamer), com embarque e desembarque em qualquer um dos píers.

É possível pagar com o Oyster ou com o Contactless Payment Cards (apenas a opção river bus) mas não é descontado do Cap Limit (é necessário ter crédito extra). Não é possível pagar com o Travelcard, mas é concedido um desconto de 1/3 do valor da tarifa standard para portadores do passe.

Outra empresa é a City Cruises, que oferece viagens em barcos turísticos (river thames sightseeing cruise), guiados em 8 idiomas, por um preço um pouco mais elevado. É possível comprar apenas um single ticket (com ou sem retorno) com valores que variam de acordo com os píers escolhidos para embarque e desembarque, ou ainda um passe para 24 ou 48 horas de passeio hop-on, hop-off, contadas a partir da hora de ativação (valores 2020 – £20.50 e £24.75 respectivamente). Descontos são concedidos para os que possuem o Travelcard.

Outras opções são os cruzeiros com refeições – Lunch Cruise, Afternoon Tea, Sunday Brunch Cruise e o Showboat Dinner Cruise. Algumas companhias também têm passeios pelo Regent’s Canal, como Jenny Wren London Waterbus e Jason’s Trip (incluído no London Pass).

Rio Tâmisa em Londres
Rio Tâmisa em Londres

/// OUTROS MEIOS

Overground: o London Overground é um meio de transporte muito utilizado em Londres. São trens de superfície que percorrem a cidade e o subúrbio de Londres.

DLR: o Docklands Light Railway, também conhecido como DLR, é um sistema rápido de metrô que atende a zona Leste e Sudeste de Londres. Como turista, você provavelmente só vai cruzar com os trens DLR se chegar ou partir de Londres pelo aeroporto de London City (que leva você até a estação Bank, no centro de Londres). Além disso, o DLR pode ser muito útil também pra chegar em Canary Wharf, Greenwich (para visitar o Meridiano de Greenwich), em Stratford (para visitar o Westfield Shopping Centre e o Parque Olímpico) e o novíssimo teleférico Emirates Air-Line.

TfL Rail: TfL são duas linhas ferroviárias separadas em Londres, que saem do centro em direção aos extremos da cidade. Uma das linhas liga a estação Paddington ao aeroporto Heathrow, porém, existe outra opção de fazer o trajeto de forma mais rápida com o Heathrow Express. A outra linha liga Liverpool até Shenfield.

Trams: London Trams é um sistema de bondes ferroviários leves que opera apenas no Sul de Londres. A sua estação central é Croydon. 

National Rail: são trens que conectam Londres à outras cidades da Inglaterra. A maioria das estações são conectadas com a rede de metrô. A National Rail abrange não só rotas de longa e média distância, como também redes locais, por exemplo, parte do metrô de Londres. É composta por mais de 20 companhias particulares, porém, o estado se assegura que essas companhias trabalhem juntas, sob a entidade National Rail. É possível encontrar horários e tarifas para todos os operadores de trens, como também comprar bilhetes que normalmente são válidos para os trens de qualquer operador. Para maiores detalhes entre no site da National Rail.

Como utilizar o transporte público

Definitivamente, Londres é uma cidade em que você consegue chegar a qualquer parte usando o transporte público. Mas a pergunta é: como utilizá-los?

ENTENDA AS ZONAS TARIFÁRIAS

O mapa do transporte público de Londres está dividido em zonas ou áreas tarifárias e entender a cidade por esse ponto de vista pode ajudar bastante aqueles que a visitam pela primeira vez. 

São 9 zonas no total (1-9) que começam no centro de Londres e seguem até as áreas mais distantes, e os preços dos transportes, na sua maioria, são calculados com base nestas zonas. Quanto mais cêntrico (menor o número), mais perto do centro você está e como são circulares, quanto maior o número, mais afastado você estará do centro.

Elas equivalem a estes “círculos” em branco e cinza no mapa abaixo. As zonas 1 e 2, concentram a maior parte dos pontos turísticos e são as zonas mais utilizadas pelos turistas. O aeroporto de Heathrow, por sua vez, fica na zona 6. Quanto mais longe você desejar ir (maior a zona), mais cara será a sua tarifa. 

Em resumo, o que você precisa saber sempre que for se deslocar é: em que zona você está e para qual zona deseja ir.

Mapa do Transporte Público Integrado de Londres. Para ampliá-lo clique aqui. O mapa engloba além do metrô, as outras formas de transporte que são integradas, formando uma grande rede de transporte público sobre os trilhos. 

Os ônibus, barcos e o teleférico da Emirates não operam baseados em zonas (apesar deste último aparecer no mapa) – a tarifa é fixa independente da área percorrida.

FORMAS DE PAGAMENTO E VALORES DAS TARIFAS

Com um sistema todo interligado, é importante destacar que, com um mesmo cartão de passe, você consegue usar quase todos os tipos de transporte. Com excessão de alguns barcos e alguns trens nacionais, todos estão abrangidos pelo mesmo sistema de pagamento ou integrado a ele. As tarifas, no entanto, podem variar conforme a forma de pagamento (Single Fare, Oyster Card, Travelcard, Visitor Oyster Card ou Contactless). Antes de escolher uma destas opções, é importante avaliar qual será a mais econômica para você.

/// PASSAGEM AVULSA

Passagens avulsas ou “single fare” são válidas somente para um trajeto e podem ser adquiridas nas máquinas de venda das estações de metrô. Basta digitar as estações de partida e chegada e o sistema informa o valor para pagamento.

As passagens avulsas só valem a pena se você for usar o transporte uma única vez (como por exemplo, uma ida ao aeroporto). Se for ficar mais dias ou for usar mais vezes o transporte público é mais econômico (e prático) escolher outra opção de bilhete. Para as zonas 1 e 2, o valor da passagem de metrô é de £4,90, já a de ônibus e trem é £5,00 m (lembrando que em ônibus não há diferença entre zonas tarifárias). 

Estação de metrô Waterloo em Londres
Estação de metrô Waterloo

/// OYSTER CARD – PAY AS YOU GO

A primeira coisa que você deve fazer ao chegar em Londres é comprar o Oyster Card, um cartão magnético e recarregável, que é usado para pagamento, não só no metrô, mas dos principais meios de transporte da cidade (os mencionados acima). A grande vantagem deste cartão, é que com ele todas as tarifas ficam reduzidas. Uma passagem de metrô pelas zonas 1 e 2, por exemplo, passa a custar £2.90 e a passagem de ônibus £1,50. Observem a economia em relação ao ticket avulso.

O cartão Oyster custa £5 e pode ser adquirido nas máquinas e guichês de qualquer estação de metrô de Londres. O valor do cartão é reembolsável somente após 1 ano de uso, mas como ele não vence, você pode guardá-lo para uma próxima viagem, ou emprestar para os amigos.

Nota: Se você tiver comprado seu cartão Oyster antes de 23 de fevereiro de 2020, você pode ter suas £5 reembolsadas quando não precisar mais dele. Se você tiver comprado o seu cartão Oyster depois desta data, você só poderá ter suas £5 reembolsadas depois de usá-lo por um ano.

Comprando o Oyster Card em Londres
Comprando o Oyster Card em Londres

Como carregar o Oyster Card

No momento da compra é preciso decidir como vai carregá-lo: com créditos pré-pagos (pay as you go) ou Travelcard.

Os créditos ‘pay as you go’ são a melhor modalidade para a maioria dos viajantes. Você coloca créditos no cartão e as tarifas são descontadas na medidas que você utiliza o transporte.

Ele oferece uma grande vantagem, pois há um teto diário (cap limits ou daily capping) que pode ser descontado por dia, e acima dele, as tarifas não são mais cobradas, ou seja, quando o custo total de todas as tarifas atinge um certo valor, o usuário do cartão não precisa mais pagar pelas viagens seguintes durante aquele dia.

Existem diferentes caps limites, para diferentes horários do dia (peak and off-peak), para diferentes zonas (1-9) e também para diferentes transportes (bus + metrô + tram + DLR + London Overground + TfL Rail and National Rail ou apenas ônibus + tram).

Para as zonas 1 e 2, em todos o meios de transporte, o valor do cap limits é de £7,20. Para apenas ônibus e tram, o valor é £4,50.

Outra opção de recarregar o seu Oyster Card é com o Travelcard, mas essa opção trataremos com detalhes mais a baixo.

Crianças abaixo de 11 anos não pagam passagem. Não existe um Oyster específico para elas, e pois isso é necessário que passem junto com os pais na catraca, ou sejam liberadas pelo funcionário da estação. Crianças de 11-15 pagam um valor reduzido (possuem um cartão próprio), desde que acompanhadas de um adulto com um Oyster card válido.

Estação de metrô Baker Street em Londres
Estação de metrô Baker Street em Londres

Atenção:

  • O cartão só pode ser utilizado por uma pessoa a cada viagem. Mesmo que seja recarregado com valor suficiente para mais de uma pessoa, não é possível passar pela catraca usando apenas um Oyster Card.
  • É importante sempre viajar com créditos suficientes para terminar a sua viagem (mesmo ele aceitando ficar um “certo” valor negativo), ou você pode levar multa.

Quanto carregar no Oyster Card

Tudo depende de quantos dias você pretende ficar em Londres. É importante, ainda, que você faça uma estimativa de como pretende andar (se em todos os meios de transporte ou apenas ônibus e tram) e até aonde quer ir (qual zona).

Observe a imagem abaixo com os valores dos Caps Limits e do Travelcard por zonas:

Diferentes Cap Limits, por zonas e horários (peak e off peak) -para uso se todos os meios de transporte. O peak e o off peak, depende de quando você começa sua jornada.

Caso fique até 5 dias em Londres use o Oyster Card carregado com o valor do cap limit, multiplicado por cada dia de estadia (observando a zona que pretende usar). Para as zonas 1-2, o custo diário de todos os transportes é de £7,20 (até a zona 5 não existe diferença no peak ou off peak). Caso vá visitar algo na zona 3, o valor será £8,20.

Caso você não tenha certeza absoluta da sua programação, nem se vai usar apenas ônibus ou ônibus e metrô, coloque um valor menor, já que a qualquer momento e em qualquer estação, você pode recarregá-lo. Caso contrário haverá a necessidade de solicitar o Refunds ao final da viagem. O Oyster Card é um cartão inteligente, ele calcula o valor correto a ser utilizado.

Caso fiquei mais de 5 dias em Londres, use o Travelcard.

Para pesquisar o valor que irá gastar no seu deslocamento, veja o calculador de tarifas.

Como utilizar o Oyster Card

Para utilizá-lo, passe-o por cima do leitor amarelo que fica localizado junto à catraca. Após o som de um apito, aparecerá o saldo na tela. Se você estiver sem saldo, soará um outro apito e aparecerá uma luz vermelha indicando a falta de crédito.

Você deve (aliás PRECISA) passar seu Oyster Card sempre na entrada e na saída da estação. Caso contrário, será descontado o valor de um TraveldayCard (equivalente a um dia todo), que custa atualmente £13,50.

Nos ônibus, você não precisa tocar de volta no leitor amarelo ao desembarcar; a tarifa é única. As baldeações entre ônibus dentro do período de 1 hora também não são cobradas.

Metrô em Londres
Estação de Metrô em Londres

/// TRAVELCARD – Papel ou Oyster

Ele lhe dá direito de usar o transporte público da cidade de forma ilimitada (desde que dentro da zona correspondente ao seu passe), de acordo com sua validade. É uma boa opção para quem vai ficar 6 ou 7 dias e precisa usar muitas viagens por dia, já que o valor do Travelcard para 7 dias (7 day Travelcard), será mais econômico do que o price capping do Oyster Card:

  • Nas zonas 1 e 2, o price capping do Oyste é £7,20;
  • O Travelcard para as zonas 1 e 2 por 7 dias custa £36.10, ou seja, £14,30 a menos do que o teto do Oyster de 7 dias (£7,20*7=£50,40).

Para menos de 7 dias, esse passe não é vantajoso, pois você pagaria o dobro do que gastaria com os créditos ‘pay as you go’. Para 8 ou mais dias, você pode combinar o 7 day Travelcard com créditos ‘pay as you go‘ (recarregando por dia adicional).

O Travelcard existe de duas maneiras: virtualmente, na forma de créditos que podem ser inseridos no seu Oyster, ou fisicamente, na forma de um passe de papel. Para os passes em papel (com exceção do mensal e anual), estes podem ser adquiridos on-line e com antecedência, com o custo do envio até o Brasil – em 2020, de £12,50. Para compra nas máquinas (presencialmente), o processo de compra do Travelcard é igual ao do Oyster.

  • Um dia (somente bilhete em papel);
  • 7 dias (papel ou Oyster);
  • Mensal (papel ou Oyster);
  • Anual (Papel ou Oyster).

Atenção: o Travelcard de papel não pode ser recarregado. O uso é Individual, assim como o Oyster.

O passe pode ser diário, dias consecutivos, semanal, mensal ou anual, dentro ou fora do horário de pico/de maior movimento (off peak). Para cada opção há combinações de zonas diferentes, veja mais detalhes e preços aqui.

O TravelCard pode ser usando em todos os ônibus e se seu cartão for válido para as zonas 3, 4, 5 ou 6, você pode usá-lo em todos os trens também.

Promoção 2FOR1

Como passe de papel, o Travelcard serve para que você aproveite a promoção 2FOR1 da National Rail, que dá direito a comprar dois ingressos pelo preço de um em várias atrações em Londres, como Madame Tussauds, London Eye, Torre de Londres, Abadia de Westminster e Churchill War Rooms (pelo menos em 2019).

Para você conseguir usar a promoção, o Travelcard de papel deve ser comprado necessariamente nas bilheterias das estações de trem (como Victoria, Paddington, St Pancras, King’s Cross, London Bridge).

Você vai precisar levar o seu passaporte e uma foto (3,5 x 4,5 cm) para que, além do passe, seja emitido um ‘photocard’. O ‘photocard’ precisará estar com você toda vez que você usar o seu Travelcard de papel. Além disso, vai precisar se registrar no site Daysoutguide. Ali você emite e imprime os vouchers da promoção. As atrações mais desejadas podem ser reservadas online (sempre no Daysoutguide), mas em outras será preciso levar os vouchers à bilheteria.

Para que os ingressos sejam aceitos, é preciso que todos os usuários tenham Travelcard de papel -não apenas quem emitiu o ingresso, mas seu convidado também.

/// CONTACTLESS – Cartão de crédito e débito sem contato

Outra dica legal é usar seu próprio cartão de crédito ou débito como cartão de metrô e ônibus se ele tiver a tecnologia Contactless. Basta encostar na máquina e você paga com o mesmo valor de desconto do Oyster, sem precisar comprar o cartãozinho.

Os cartões de crédito que permitem transações “sem contato” podem ser usados para pagamento do transporte em Londres. Note, no entanto, que cartões emitidos no Brasil podem não ser aceitos para este tipo de pagamento ou o emissor do cartão pode cobrar uma taxa por cada transação (verifique com seu banco antes de viajar). 

Metrô em Londres
Estação de Metrô em Londres

/// VISITOR OYSTER CARD

Visitor Oyster Card é um cartão especial para visitantes que funciona exatamente como o Oyster Card comum, com a diferença de que ele é comprado apenas online e entregue na sua residência.

Entregue por Courrier/Serviço de Entrega Expresso para Envios Internacionais, tem uma taxa não-reembolsável pela emissão do plástico, mais os custos do envio (£12,75) e valor dos créditos.

Ele já vem pré-carregado com determinado valor a sua escolha (£10, £15, £20, £25, £30, £35, £40 ou £50) para ser usado como pay-as-you-go. Infelizmente não pode ser carregado com passes do tipo Travelcard, mas se os créditos acabarem, o Visitor Oyster Card pode ser recarregado em qualquer máquina nas estações de metrô. Assim como o Oyster ele pode ser reutilizável.

O Visitor Oyster Card é indicado para pessoas que querem ter a tranquilidade de já chegarem em Londres com o cartão de transporte em mãos, mas eu particularmente não vejo muita vantagem, pois você pode adquirir o convencional, ainda no aeroporto.

O Visitor Oyster Card oferece também alguns descontos em restaurantes e lojas, além de descontos no Emirates Air Line Cable car e Thames Clipper river boat.

Como economizar com o transporte público em Londres

  1. Faça uma pesquisa sobre qual a distância do seu local de hospedagem até os pontos turísticos que pretende conhecer. Anote também as estações de metrô de cada uma deles. De preferência sinalize tudo em um mapa. É assim que costumo organizar as minhas viagens.
  2. Organize os pontos turísticos e dias de visita pela proximidade e também pela zona tarifárias, assim você evita usar as zonas mais caras, mais de uma vez. Pesquise também outras opções de transporte para esses lugares. De preferência, tente traçar um roteiro a pé, entre os pontos turísticos, com a ajuda do google maps.
  3. Você pode ir a pé ou de bike, se as distâncias forem curtas ou de ônibus que possuem passagens mais acessíveis. Além da tarifa básica ser menor que a do metrô (£1,50 descontado no Oyster), os ônibus não utilizam o sistema de zonas de transporte. Assim, com os £1,50 você pode ir da zona 1 à zona 9, se quiser. Sem contar que no período de um hora, você não paga por uma nova passagem.
  4. Caso fique 6 ou 7 dias em Londres e tenha uma programação bem intensa, adquira o TravelCard, pois é a opção mais econômica para o período. Se for ficar menos tempo, opte pelo Oyster Card e recarregue com o Cap Limit das referidas zonas que for utilizar por dia.

Uma dica muito importante para quem vai viajar para fora do Brasil é nunca sair do país sem um Seguro Viagem Internacional, pois ele é importantíssimo. Para alguns lugares do mundo como a Europa, ele é obrigatório. Fazer um seguro viagem é ótimo, pois ele já vem com assistência médica, odontológica, reembolso de extravio ou perda de bagagens e mais dezenas de coberturas para você viajar tranquilo e não ter dor de cabeça. Se precisar de seguro viagem, faça sua cotação aqui.

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